segunda-feira, 28 de maio de 2012

FOI UM JOGÃO!

Galo x Globorínthians foi um jogão.
Não daqueles de encher os olhos com jogadas espetaculares, ou com uma goleada acachapante do Galo, até porque, as falhas de sempre e as chances claras de gol perdidos, continuam lá, a olhos vistos.
Foi um jogo feio, mas disputado, daqueles em que a raça e a vontade se sobrepuseram a tudo e a todos.
Um comportamento que já há algum tempo duvidávamos que alguns elementos do time tivessem.
Mas contra o time da Globo, isso não aconteceu! O que foi ótimo, garantiu o 1x0, e parece dar um alento à torcida.
Pierre foi mais cão de guarda que nunca.
Réver vem espantando, a cada dia, a desconfiança do torcedor.
Até o tão contestado Richarlyson vem mostrando força e vontade na marcação.
Será a tão esperada mudança  que a torcida tanto espera!?
Espero que sim, porque, se jogarmos do jeito que jogamos contra o time da imprensa (que segundo consta, já acertou financeiramente a conquista da Libertadores), ainda que feio e sem técnica, mas com raça e vontade, que é só o que a torcida espera, e por isso irá apoiar integralmente até o apito final, transformando o Independência no caldeirão que fará temer todos os adversários, podemos alcançar mais do que o que almejamos hoje.

#GaloNaVeia
Como muitos já sabem, dois dos quatro integrantes da GaloKombi se associaram ao Galo Na Veia.
E na estréia, a grata surpresa de uma entrada sem tumulto, com os lugares do programa devidamente marcados e belíssimas assistentes a recepcionar os torcedores.
Até mesmo a educação dos torcedores se fez presente, já que foi possível acompanhar o jogo sentado na maior parte do tempo, tendo que se levantar, apenas, nos lances mais perigosos, ao contrário do que vivi no jogo contra o Goiás, em que assisti o jogo no mesmo setor, mas os 90min. de pé. Geral a R$200,00 por mês, não dá.
Apesar dos babacas de plantão de sempre, que insistem em ficar de pé nos corredores, o trabalho dos seguranças e dos orientadores foi muito bom, impedindo que tal comportamento se torne permanente.
Ponto para o Atlético, que, até agora, tem mostrado competência na organização do programa. Esperamos que continue assim.

quinta-feira, 17 de maio de 2012

O Santos Como Exemplo


Na segunda-feira passada, vendo o Linha de Passe na ESPN Brasil, durante a análise dos integrantes sobre as finais do Paulista serem jogadas todas no Morumbi, o que prejudicaria a torcida dos dois times, ambos do interior.
Na discussão, PVC disse que haveria problema para ambos, claro, mas menor para o Santos, pois, nos últimos 15 anos a torcida do time praiano sofreu um considerável aumento no número de torcedores, fruto direto dos títulos que eles conquistaram.
PVC destacou ainda a produção em série de craques e de ídolos, cujo expoente mais evidente é Neymar.
E o que isso tem a ver com o Galo?
Tem a ver que a base do Santos já lançou Diego e Robinho, e mais recentemente, PH Ganso e Neymar, que hoje é o mais badalado jogador brasileiro, comparado a Pelé, a Maradona, Messi, Superior a Zico, Tostão, Reinaldo, e por aí vai.
Enquanto isso, a base do Galo revelou: Tchô, Rafael Miranda, Renan Oliveira, Renan Ribeiro, Edson, Bruno (goleiros), e por aí vai...
A base do Santos, que eu me recorde, não venceu, não conquistou, ou mesmo, não teve nenhum desempenho notável em qualquer torneio de base.
Já a base do Galo se vangloria de ser campeão de sem número de torneios disputados.
Hoje o Santos é conhecido mundialmente, tem os melhores jogadores do país em seu plantel, conquistou o tricampeonato estadual com poucas críticas ao rendimento, além de um Brasileiro, uma Copa do Brasil e uma Libertadores, isso em menos de 10 anos. E hoje segue firme rumo a outro brasileiro (é indicado por 10 entre 10 comentaristas e jornalistas esportivos) e a outra Libertadores.
Enquanto isso, o Galo foi rebaixado em 2005, lutou para não ser rebaixado em 2004, 2006, 2007, 2008, 2010 e 2011. Conquistou três títulos estaduais (2007, 2010 e 2012), foi eliminado precocemente em todas as edições da Copa do Brasil que disputou de 2004 pra cá, por times inexpressivos. E ainda vendeu barato a única revelação da base que tinha qualidade: o goleiro Diego Alves. As outras revelações, ou foram embora por critérios técnicos, ou saíram por problemas técnicos e se tornaram ídolos em seus novos clubes, casos de Tiago Feltri (pasmem!) e Éder Luís, ambos no Vasco.
Perceberam a diferença?
Enquanto no Santos o time profissional é coalhado da meninada que foi treinada para serem bons atletas, no Galo, os meninos da base entram como se fossem a salvação da lavoura, não rendem, são cobrados pela torcida (que faz só o seu papel), e são afastados pelo técnico, para não sofrerem pressão, garantir o resultado e salvar seus empregos.
Perceberam a diferença? E nem precisei de ir no exemplo do Barcelona, que garimpa talentos ao redor do mundo...
Muricy Ramalho, discípulo de Telê Santana, repetiu o que este disse certa vez: base é para formar jogador, não para ganhar títulos. Ele, inclusive, já devolveu jogadores para a base, para que aprendessem, ou melhorassem, fundamentos!
Aqui, pelo visto, não.
Os bons jogadores da base atleticana não chegam no profissional já devidamente preparados para enfrentar o tormento que é jogar em alto nível.
Resultado: se escondem, se encolhem, e junto com ele o seu próprio futebol.
Não quero dizer que o Santos é o melhor em tudo. Longe disso, pois o time profissional, que tem em Neymar seu maior expoente, possui falhas graves, especialmente no sistema defensivo, e se torna um time comum quando Neymar e Ganso não jogam.
Mas o que serve de exemplo é que, aparentemente, pelo menos para quem está aqui em BH e não acompanha o dia a dia do Santos, em todas as suas categorias, é que a base lá tem cara  de departamento de criação: criação de craques, de, no mínimo, bons e confiáveis jogadores, que são preparados não só física e tecnicamente, mas também intelectualmente, para que possam chegar no profissional e se firmar, fazendo que sabem fazer, trazendo os títulos que são desejados por todo torcedor, e aqui parece que isso não acontece.
Muitos podem não concordar comigo, o que legítimo e justo, e até mesmo verdadeiro. Mas este post é resultado de um momento de reflexão sobre o que disse PVC no Linha de Passe em comparação com esse frenesi e ansiedade causado pela diretoria do CAM em seus torcedores na busca frenética, muitas vezes dispendiosa e mal sucedida, de jogadores e reforços.
De toda forma, hoje, a forma como a base do Galo é trabalhada pode, no mínimo, ser repensada.

domingo, 13 de maio de 2012

CAMPEÃO INVICTO 2012 - PODE COMEMORAR!


O Galo foi campeão mineiro invicto, e apesar pressionado por sua torcida, não decepcionou.
Mostrou que o time é forte e vingador! Faz o torcedor pensar: porque não joga assim sempre!? Uma pergunta que ainda não terá resposta... 
Mas e daí!? Hoje, mostrou superioridade contra os demais contendores do certame, e por isso, a hora é de comemorar!
Junto com sua torcida, fez a verdadeira inauguração do Independência, uma festa maravilhosa, a festa que a Arena do Galo merecia. A inauguração que a cidade merecia.
O título invicto mostrou também de quem é o Independência: no último título mineiro lá disputado, em 1963, assim como no primeiro disputado depois da reforma, o campeão foi o Galo.
A hora é de comemorar, pois, diferentemente de uns e outros aí, não comemoramos volei...
A hora é de comemorar amigo torcedor, porque é você, mais que ninguém, que merece comemorar, por carregar esse clube nas costas nos bons e nos maus momentos.
A festa é sua, é pra você, sofrido e incansável torcedor atleticano.
festa torcida do atlético-mg (Foto: Lucas Catta Prêta / Globoesporte.com)
Sede de Lourdes - 13/05/2012 - após o jogo



terça-feira, 1 de maio de 2012

A Entrevista do Kalil no PFC

Não havia assistido o programa Camarote PFC com a entrevista do Presidente Alexandre Kalil, o que fiz só hoje, aproveitando a folga do feriado, graças ao pessoal do Galo Digital, que colocou o vídeo no site, devidamente editado sem as chatíssimas propagandas (só no Brasil mesmo um canal contratado à parte, dentro da sua assinatura de TV a Cabo, possui comerciais...).

Tentei assistir o programa de forma a me abster das críticas e discordâncias quanto à forma de Kalil administrar o futebol do Galo.

E, devo dizer, e acredito que vou levar pedrada de tudo quanto é lado, gostei da entrevista.

Mas, ressalto: gostei da entrevista em todos os momentos em que o Kalil NÃO FALOU DO TIME, ELENCO, ESTRUTURA, CT E CONTRATAÇÕES, que fique bem claro.

Esses assuntos foram, apenas, repetição de tudo aquilo que ele já vem dizendo, repetindo e falando sistematicamente, com o que não concordo, e que já mostrei aqui e no Galonautas inúmeras vezes, pois o resultado que temos visto, infelizmente, está aí pra quem quiser ver.

Porém, no demais assuntos, Kalil foi, uma vez mais, Alexandre Kalil. E isso foi ótimo.

A forma crua e clara como tratou das grandes mazelas do futebol brasileiro, foi excelente para fazer com que o futebol seja repensado, e, como ressaltou o próprio apresentador (apesar de ser muito fraco), com sugestões de como fazer.

Desde a criação da Liga, e da forma como ela tem de ser criada, até a cobrança feita ao órgão máximo do futebol brasileiro de dar a devida atenção aos clubes.

A forma de obter recursos no estádio, algo que vai muito além da venda de ingressos.

A discussão sobre a terceira camisa, que para mim foi encerrada, e bem encerrada, pois acabei entendendo, e concordando, com o que ele quis dizer com não fazer mais camisas, já que ele mesmo já acha uma sacanagem trocar camisa todo ano (assim como eu), como também acha o preço de R$170,00 absurdo (o que também concordo).

A mesma coisa sobre o estádio e toda a renda comercial que ele pode proporcionar, passando pela mudança do tipo de público que o estádio deve atrair é, verdadeiramente, uma parte daquilo que já acontece na Europa, pois, num estádio, o torcedor faz de tudo, até ver um jogo de futebol, depois de gastar na entrada do museu do clube, no restaurante, seja ele "classudo" ou fast food do patrocinador, na loja com a camisa nova. E depois do jogo, na loja de novo, comprado mais itens depois da vitória avassaladora sobre o maior rival, e por aí vai.

Muitos vão dizer que o nível é outro e afasta o torcedor assalariado. É verdade, eu concordo, mas na atual forma do Independência, nem esse torcedor vai ser deixado de fora.

Ainda que por meios oblíquos, essa forma de administrar o estádio traz de volta o torcedor que, com seus amigos e familiares, vai ali para acompanhar o time, e não acompanhar seus companheiro de torcida, de guerra.

A declaração de que a Globo, que comprou tudo do futebol, tem o direito de colocar o futebol em qualquer horário, desde que pague caro por isso, foi impagável.

Quem quiser ver (ou rever) o programa, é só clicar aí embaixo e, de repente, abstrair tudo o que ele disse sobre o time, e pensar (ou repensar) o que é hoje o futebol brasileiro e seu futuro.

Por isso abstraí tudo o que ele disse sobre o elenco, exceto a parte de que ele, assim como a torcida, também, não está nem um pouco satisfeito com os resultados apresentados até agora.

A forma como Alexandre Kalil pensa o futebol, no seu todo, em não apenas em relação ao Galo, mostrou, pra mim (e tome pedrada na Kombi), que ele é um administrador pé no chão, e suas idéias, seriam muito melhor aproveitadas na CBF, na presidência da Liga ou no extinto C13.