domingo, 13 de março de 2011

Ainda Sobre o C13 e a Licitação dos Direitos de Transmissão do Brasileirão

A Record, que todos apostavam ser a provável vencedora da licitação roeu a corda e pulou fora, alegando jogo de cartas marcadas. Acabou por repetir a mesma atitude de 2008, quando ameaçou propor novos valores, no que muitos acreditaram ser a possibilidade de destronar a Globo, mas que só serviu, como se viu depois, para espezinhar a Globo, já que nada foi proposto à época.
A Globo manteve-se impassível, de fora da concorrência, porque sabe que tem a CBF, o Flamerda e o Gambárinthians no bolso, ou melhor, alguns de seus dirigentes, e faz o que bem quer com esses times e a seleção brasileira. Além disso, cara o bando de maria-vai-com-as-outras (o resto dos falidos do RJ, as marias mineiras, as bibas gaúchas azuis o bocó do coritiba, que foi ajudado no STJD com a redução da pena de interdição do Couto Pereira).
Venceu a Rede TV! que fez lance pouco superior ao valor mínimo estipulado pela comissão do C13. Mas que depois avisou que tinha outra proposta, na casa dos R$800milhões por temporada, ou  seja, R$2,4 bilhões. O Kalil deve ter pensado: malditas TVs, malditos bispos, malditos cariocas...
O que não dá pra entender é porque alguns preferiram não permanecer no C13, que pelo que se viu, teve capacidade montar uma "armadilha" para as TVs e faturar muito em cima delas que já faturaram muito em cima dos clubes. Ou melhor, dá pra entender sim: jogo de poder. Andrés Sanches avacalhou com tudo, só pra garantir o caminho para a relização de seu sonho pessoal: a presidência da CBF, quando o príncipe Ricardo Teixeira se tornar Rei, na presidência da FIFA. Mas isso é só em 2015. O Andrés se esquece é que muita água ainda vai passar por baixo da ponte e, se Deus quiser, essa ponte vai cair pra ele.

Ainda sobre a licitação, vale a leitura da coluna de hoje do PVC na Folha, abaixo transcrita.
É estarrecedor que as insustentáveis desculpas dos dirigentes dissidentes prevaleçam sobre a lógica matemática apresentada pelos números por ele apresentados.

PAULO VINICIUS COELHO


A conta das migalhas


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Clubes de torcida média podem perder dinheiro negociando sozinhos seus direitos de TV


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O CORITIBA é um dos clubes que pretendem negociar separadamente os direitos de transmissão do Brasileirão, triênio 2012/2014. Surpreendentemente, o presidente Jair Cirino estava no Clube dos 13 na abertura do envelope da licitação, sexta-feira.


O Coritiba recebe atualmente R$ 13 milhões por ano. A Globo oferece R$ 27 milhões, mas a projeção é que arrecade R$ 34,5 milhões, pelos valores mínimos estipulados pelo Clube dos 13. A diferença é de R$ 7,5 milhões.


Um dos bons argumentos para assinar com a Globo é que ela dá mais visibilidade aos patrocinadores. Hoje, o Coritiba vende o patrocínio de sua camisa por R$ 6 milhões, menos do que a diferença entre o que a Globo se dispõe a pagar e o que o Coritiba arrecadaria negociando em conjunto.


Ainda há quem aposte que a guerra dos direitos terminará quando a Rede TV! depositar a primeira parcela, em um mês. Serão R$ 300 milhões, o equivalente a 20% do total a ser pago pelos três anos de contrato. Jair Cirino não estava na sede do Clube dos 13, na sexta, por causa da cor dos olhos de Fábio Koff. Estava pela cor do dinheiro.


Seu clube tem dívidas bancárias com vencimento na segunda-feira. Não há dinheiro em caixa, e seu avalista é o Clube dos 13.


Contas desse tipo existem em quase todos os clubes. O Botafogo deve R$ 61 milhões ao Clube dos 13 e já recebeu todo o dinheiro a que tinha direito pelo contrato de TV até outubro. O presidente Maurício Assumpção alega que decidiu sair da negociação conjunta por não conseguir se livrar de uma divisão de receitas que faz com que arrecade 40% a menos do que o Flamengo.


Hoje, o Botafogo recebe R$ 22 milhões. "Vou dobrar esse valor negociando sozinho", diz Assumpção. Em conjunto, a projeção é que o Botafogo saltaria para R$ 53,5 milhões.


Clubes de torcida média, como Coritiba e Botafogo, podem perder negociando sozinhos. Flamengo e Corinthians podem ganhar mais.


O Botafogo também considera a visibilidade de seus parceiros na Globo. O clube avalia o patrocínio de sua camisa em R$ 10 milhões -a diferença entre negociar sozinho ou em conjunto, R$ 9,5 milhões-, mas jogou a maior parte da Taça Guanabara sem patrocinador.


Esse dinheiro faz diferença. Ou não seria necessário receber empréstimo de R$ 8 milhões da CBF, seis dias antes da eleição do Clube dos 13. Maurício Assumpção votou no candidato que agradava Ricardo Teixeira.


pvc@uol.com.br


Um ótimo domigo a todos os atleticanos, com vitória acachapante do Galo sobre o Ipatinga, com gols do Bueno, pra ver se ele se firma como o substituto do Tardelli.

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