segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

CONCLUSÕES A PARTIR DE CAM x AFC

Depois do jogo de ontem, podemos tirar algumas conclusões:

1. O meio campo e a defesa deixam os adversários, sempre, à vontade demais. Deixam jogar e se expõem a contra ataques que, como ontem, podem se mostrar perigosos.
2. Faltou ontem aquela pegada que estávamos acostumados a ver nos últimos jogos.
3. Essa parece ser a tônica dos times de Dorival Júnior: muito ataque e pouca defesa. No Santos era assim, e o resultado era, sempre, placares com muitos gols. Tanto para um lado, quanto para o outro. Quando está ganhando é ótimo, e faz a gente se empolgar, como nos jogos contra o Guarani, crugayro e Ipatinga. Mas quando perde, ou passa sufoco...
4. Acredito que ontem o América teve a mesma pegada que nós tivemos contra o crugayro em 2010. Ninguém imaginava que o América viria pro combrate, de peito aberto, encarar o Galo. Veio, encarou e venceu, assim como fizemos no ano passado e na terceira rodada.
5. As improvisações custaram caro ao Galo ontem.


De toda forma, ainda não é o fim do mundo, nem momento de desespero. O que vimos de ruim ontem nos dá a possibilidade de melhorar. É para isso que servem as derrotas, especialmente, quando temos material humano para alcançar esse objetivo, diferentemente de temporadas passadas.


Em tempo:
Depois do jogo, muitos vociferaram contra Renan Oliveira, questionando a atitudade da diretoria de deixar Diego Souza ir embora.
Contudo, muito embora concorde que o Renan Oliveira vem deixando a desejar, e só regula contra o Flamerda, acho que a questão do Diego Souza já se resolveu quando o próprio jogador manifestou interesse em deixar o CAM.
E, nesse ponto, a entrevista do Dorival Júnior ao UOL é esclarecedora (quem quiser clique aqui e leia).
Se o Diego Souza não quis esperar obter a melhor forma física, aproveitando o campeonato mineiro, sem se esfalfar, e não teve paciência, dizendo que quer sair, então tchau!
Como já disse o próprio Kalil, só fica no Galo quem quiser jogar no Galo.

É isso.
Avante Galo!

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Diego Souza sai ou não sai (por Christian Munaier no Terreiro do Galo)

Reproduzo aqui, o comentário que fiz ao texto do sempre ótimo Christian Munaier no Terreirão, sobre Diego Souza, se sai ou não sai, e que quem ainda não leu, pode ler aqui

Diego Souza é o cara mais burro que já vi no passado recento do Galo. Tem tudo à disposição para fazer o melhor trabalho possível, num clube que possui a melhor estrutura do Brasil, mas prefere ir jogar no pior dos quatro grandes do RJ, que não tem um CT, não tem estrutura e, defeito supremo, atrasa salários.
Diego Souza chegou como ídolo, vai embora como fracassado.
A burrice de Diego Souza se manifesta, na minha opinião, no hipótese de, podendo aproveitar o fato de estar na reserva, aprimorar sua forma física, treinando intensamente durante o campeonato mineiro, sem correr riscos de lesões nesses campos horríveis e contra jogadores de pouco nível, para poder disputar a titularidade em competições que realmente interessaram para um jogador que, como ele mesmo diz, precisa de visibilidade, ou seja, a Copa do Brasil, que já começou, e o Brasileirão, que começa em maio.
Ou seja, poderia aproveitar as vacas magras do campeonato mineiro, que não muda nada na sua carreira, para, com vontade, fazer valer seu talento nas vacas gordas da Copa do Brasil e do Brasileirão.
Mas, se não quer ficar, se não quer aproveitar essa oportunidade, se quer ir fazer companhia ao Éder Luís, tchau. Não fará falta, até porque, até agora, não fez diferença.
Só não vale se arrepender depois, quando o Galo for campeão, e querer voltar pros braços da Massa.

DEPOIMENTO FÁBIO KOFF - NA FOLHA DE HOJE 25/02/2011

A ruptura do Clube dos 13 é coisa da CBF e da Globo

Dirigente acusa Ricardo Teixeira e Marcelo Campos Pinto por racha


SÓ ME RESTA LUTAR ATÉ O FIM. SE CAIR, CAIR DE PÉ. QUEM SABE SE NÃO LANÇO AGORA A LIGA?


JUCA KFOURI
COLUNISTA DA FOLHA

Na tarde da última quarta- -feira, recebi em meu escritório, no andar de cima de minha casa, o presidente do Clube dos 13, Fábio Koff.
Havia alguns anos que não nos falávamos, fruto de divergências sobre os rumos da entidade que ele dirige. E de críticas ácidas, respondidas por ele no mesmo tom.
Considero que o reencontro de anteontem foi fruto da autocrítica de quem quer retomar um caminho, mesmo que pareça tarde demais.
Na despedida, e fiz questão de ir com ele até o carro, ouvi: "Estou velho para poder ter tempo de fazer novas reconciliações. Tenho certeza de que, com você, não será preciso mais nenhuma".
Abaixo, seu depoimento, o mais fiel possível porque não foi gravado, mas submetido a ele antes da publicação.



 

"Não vim para me justificar. Até porque as coisas que não fiz não as fiz ou porque não soube, não tive competência ou força para fazer. E algumas vezes fraquejei.
Errei ao aceitar ser chefe da delegação da seleção brasileira na Copa da França. E fui muito criticado por isso, com razão de quem criticou.
Não queria ir, pensei em dizer não ao convite, mas até minha mulher argumentou que eu vivia criticando e que não poderia recusar ao receber aquela responsabilidade.
Fui, convivi pouco com o Ricardo [Teixeira, presidente da CBF], ele lá, eu cá, mas não posso negar que ele é tão poderoso como abjeto.
Fui traído muitas vezes ao longo desses anos, embaixo do pano, na calada da noite.
O Marcelo [Campos Pinto, principal executivo da Globo Esportes] e a CBF implodiram a FBA [empresa que geria a Série B] e fizeram um contrato de adesão da Série B.
Os clubes fecharam por R$ 30 milhões até 2016, quando poderemos chegar a R$ 1 bilhão por ano. Isso é inaceitável, os clubes menores vão morrer. Vão matar o futebol.
Fraquejei ao não fazer a Liga dos Clubes, como era nosso projeto de vida. Não me senti forte, respaldado o suficiente. O temor em relação a retaliações da CBF é grande, a ponto de ela ter extinguido o conselho técnico dos clubes e ninguém reclamar.
Esta ruptura do Clube dos 13 é coisa do Ricardo e do Marcelo. Eles são vizinhos de sítio e tramam tudo nos churrascos que fazem.
O Andres Sanchez veio até minha sala, encheu-me de elogios e avisou que o Corinthians ia sair. Eu até disse que entendia, que admitia que quem entra pode sair, mas que queria saber o motivo. Ele disse que, quando alguém pega um rumo, tem de ir até o fim. "Mas que rumo?", perguntei. "O rumo, o rumo", respondeu.
Convidei-o para a reunião. Ele disse que não, que era assunto para o Rosenberg [Luis Paulo Rosenberg, diretor de marketing do Corinthians].
Ele foi embora, mas tem dívida lá para pagar. Se pagar, ficará claro, para o Cade [Conselho Administrativo de Defesa Econômica], inclusive, quem pagou.
Não falou nada em lisura e está cansado de saber que ganho, líquido, coisa de R$ 52 mil, mais dinheiro do que vi em toda minha vida de juiz, é verdade, mas salário a que faço jus e que, por iniciativa minha, é menor do que deveria ser pelo que fora decidido em Assembleia Geral.
Se prevalecesse a porcentagem sobre o contrato com a TV, seria muitíssimo maior, poderia chegar a R$ 5 milhões por ano, o que evidentemente seria um exagero.
Quanto a termos avisado os concorrentes sobre o ágio concedido à Globo, qual é o problema? Falamos com todos mesmo, com a Globo inclusive, que reagiu muito bem, em ligação que fiz à Márcia Cintra [braço direito de Marcelo Campos Pinto].
Juro que não queria mais uma reeleição. Mas, quando vi a armação para eleger o Kléber Leite, sem nenhuma conversa comigo, até meus filhos e minha mulher, que não queriam mais que eu ficasse, acharam que não, que eu tinha de ir para a luta.
E eu disse com todas as letras para o Marcelo que aquilo era coisa dele e do Ricardo. Ele desconversou, perguntou como estava a saúde de minha mulher, aquela coisa melíflua que ele faz sempre que é pego em flagrante.
E eles compraram votos, empréstimo para um, adiantamento para outro, mas não passaram de oito votos porque nós também trabalhamos sem descanso.
Antes, tinham nos oferecido pegar a segunda divisão para administrar, mas a proposta era tão iníqua que eu me revoltei e denunciei, o que deixou o Marcelo muito irritado. Ele não está acostumado a ser contrariado.
A gota d'água definitiva foi o contrato que o Palmeiras quis fazer no uniforme do Felipão, e a CBF disse que não podia porque era direito de comercialização dela, por causa de um artigo no regulamento das competições que, evidentemente, foi escrito pelo Marcelo, como eu disse para ele, por conhecer o estilo de escrita dele. E ele, constrangido, negou.
Notifiquei judicialmente a CBF. O Ricardo ficou uma fera. Soube que falou palavrão, perguntou quem tinha feito a "cagada", ao mesmo tempo em que não se conformava porque, em vez de falar com ele, eu o havia notificado.
Ele resolveu que não falaria mais com o Clube dos 13, que só receberia clubes por intermédio das federações estaduais e que o Clube dos 13 não tinha existência legal porque não está no sistema esportivo nacional.
Na hora de pensar no contrato dos direitos do Brasileiro, fui ao Cade tratar do direito de preferência da Globo, que inviabilizava qualquer concorrência. Foi a vez de o Marcelo não me perdoar.
Azar dele. Montamos uma comissão de negociação em que fiz questão de dividir com dois eleitores que votaram em mim e dois que não votaram. Dei carta branca ao Ataíde Gil Guerreiro [diretor-executivo do C13], empresário vitorioso, competente e independente. O resultado do trabalho é precioso.
Só me resta lutar até o fim. Se cair, cair de pé. Quem sabe se não lanço agora a Liga?
Saio de sua casa honrado por nosso reencontro, disposto a ouvir as críticas que merecer e a lutar para, quem sabe, ajudar a evitar também a roubalheira que querem fazer em torno da Copa.
Aliás, e o Orlando Silva Jr.? Que decepção! Mas confio na Dilma. Ela não permitirá a farra que querem fazer.
Enfim, lamento ter perdido um companheiro como o Belluzzo [Luiz Gonzaga Belluzzo, ex-presidente do Palmeiras], um homem de bem, bem preparado, que fez um trabalho para refinanciar as dívidas dos clubes exemplar, estabelecendo teto para se gastar com futebol e escalonando o pagamento da dívida de maneira transparente, muito melhor que essa Timemania, que é uma bobagem.
E lamento que o Juvenal [Juvêncio, presidente do São Paulo] tenha se desgastado com os demais dirigentes do Clube dos 13, porque ele era o meu sucessor natural.
Minha vida foi toda muito boa, não posso me queixar e não me arrependo de nada, a não ser de poucas coisas no futebol que faria diferente. Cheguei ao C13 com um contrato de R$ 10,6 milhões, feito pela CBF. Nada no mundo se valorizou tanto como nossos direitos de transmissão.
Não sou homem de desistir e, com 80 anos, dou-me o direito de estar meio rabugento. Vamos ver como vou fazê-los engolir a rabugice."



OUTRO LADO

Executivo e cartola falam em acionar a Justiça

EDUARDO OHATA
DO PAINEL FC

Ao tomarem conhecimento do depoimento de Fábio Koff a Juca Kfouri, Ricardo Teixeira, presidente da CBF, e Marcelo Campos Pinto, executivo da Globo, disseram que o fórum mais adequado para responder ou comentar as acusações é a Justiça.
A resposta de Ricardo Teixeira foi encaminhada à reportagem da Folha por intermédio da assessoria de imprensa da confederação.
Já Campos Pinto, apesar de inicialmente ter se limitado a também informar ontem à tarde que sua resposta aconteceria somente por meio das vias legais, acabou por tecer alguns comentários a respeito do presidente do Clube dos 13, Fábio Koff.
""Responderei por intermédio da Justiça as inverdades que ele [Fábio Koff] me atribui e os ataques à minha honra", afirmou o executivo.
""Somente posso atribuir o seu comportamento [de Fábio Koff] à atitude de uma pessoa de idade avançada, que nos últimos tempos vem dando demonstrações públicas de um total desequilíbrio emocional", complementou Campos Pinto ontem.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

O Primeiro Atleticano da História - Galo de Prata pra ele.


Por gentileza verifiquem com seu próprios olhos na Bibilia Sagrada, Antigo Testamento, livro de Juízes, Cap. 15 vers. 4.
Lá vocês encontrarão a seguinte passagem:


15:4 "E foi Sansão, e pegou trezentas raposas; e, tomando tochas, as virou cauda a cauda, e lhes pôs uma tocha no meio de cada duas caudas."


"Doutor, eu nao me engano, o Sansão é atleticano"


CAMPANHA: Galo de Prata pro Sansão!

Não é mole não, o Sansão entochou o raposão!
FAZER O QUE NÃO É MESMO?! TÁ NA BÍBLIA - O LIVRO DOS LIVROS!!!

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Sobre CBF, C13, TVs e Politicagem no Futebol

As recentes notícias sobre a CBF reconhecendo o título brasileiro de 87 ao Flamerda, o Gambárinthians anunciando a saída do C13, a pressão da Globo para renovação do contrato de transmissão dos jogos dos clubes só servem para confirmar uma única coisa: a politicagem é que fode o futebol brasileiro.
Erich Beting em seu blog, questionando uma frase dita pelo Presidente Alexandre Kalil - "não importa se o dinheiro vem do Jardim Botânico ou da igreja, quem fizer o maior cheque leva" - questionando se debate sobre a transmissão do futebol se resume apenas ao dinheiro, e com razão demonstrando que a preocupação imediatista dos dirigentes em receber dinheiro e se consolidar como o mandatário mais poderoso do futebol, é que mina as chances de o futebol se desenvolver como negócio, assim como ocorrer nos EUA e na Europa, citando os clássicos exemplos das Ligas, em que os próprios Clubes é que gerenciam o negócio, tornando as Federações e Confederações inúteis, enquanto aqui estamos presos à CBF e às federações estaduais, que na prática servem, apenas, para fazer política.
Quem quiser ler os posts clique aqui e aqui. São dois bons textos que mostram como funcionam as engrenagens políticas do futebol e a repercussão negativa no futebol, enquanto negócio, que poderia ser muito mais lucrativo do que é hoje.
Embora concorde, no geral, com as idéias do Erich Beting, acredito que, hoje, não resta outra coisa ao C13 tentar obter o maior volume de recursos possível da TV. Como disse a ele no comentário que fiz no post, ainda não publicado: Como a politicagem faz com que alguns clubes hajam a mando da CBF, como fizeram Gambarínthians e Flamerda, eis que seus dirigentes estão apenas interessados no resultado útil e imediato para si e seus clubes, e no caso do Andrés Sanches, o sonho de assumir a CBF quando seu atual presidente assumir a FIFA, faz com que os clubes passem a agir separadamente, quando poderiam obter muito mais, e serem muito mais fortes, se agissem em conjunto, e fizessem o dever de casa, para a criação da Liga, como tentanto em 2000/2002, ferozmente defendida pelo Presidente Alexandre Kalil que, vencido, ficou como boi de piranha, e fez com que o Galo amargasse anos na berlinda da CBF...
A politicagem, como sempre, no Brasil, é que fode tudo. Poderíamos ter o melhor campeonato do mundo, com os maiores craques jogando aqui, com times fortes e conhecidos mundialmente, mas o que vemos é, apenas, uma briga de comadres, interiorana e pobre, que no fim, vai deixar apenas os atuais mandatários exercendo o poder, como sempre fizeram, em detrimento do interesse comum.
A Globo diz que a audiência do futebol vem caindo. Alguns dizem, ainda, que a verba de publicidade  da novela da Globo será sempre maior que o futebol da Record, e que por isso, o valor pedido pelo C13 é insustentável. Insustentável como, se na Europa e nos EUA os valores são muito maiores, e sempre tem gente pagando para exibir suas marcas no produto esportivo!?
A questão é saber se, vencendo a Record, como tudo indica que será, já que é a igreja quem vai bancar, ela será capaz de transmitir com a qualidade e a competência que a Globo vem fazendo há anos.
De qualquer forma, do jeito que a coisa está atualmente, no cada um por si, a postura do Kalil, pra mim, está corretíssima. Farinha pouca, mei pirão primeiro.
E que se foda o Gambarínthians e o Flamerda. Tomara que os dois, saindo do C13, depois que o contrato for assinado, a grana entre aos montes, e eles se arrependam amargamente...

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Do Blog do Erich Beting - Sobre a TV e o C13

A TV virou a desculpa para o C13 rachar de vez

Vai rachar. Pelo menos é isso que aparentemente se mostra no cenário de discussão dos direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro para o triênio 2012-2014. Hoje, porém, esse racha parece mesmo ser para valer, diferentemente daqueles movimentos que desde 2004 acontecem dentro do C13.
Mas, por trás da questão da TV, está mesmo a questão política da entidade que, teoricamente, representa o interesse dos clubes do futebol brasileiro. Como já falei aqui no blog no ano passado, quando as eleições para a presidência do C13 quase terminaram com o fim da Era Fábio Koff, o problema todo é que não há um projeto para a gestão do futebol por parte dos clubes. O C13 não é independente, não atua apenas pensando na melhoria da situação dos clubes, não funciona como uma liga de fato.
Nos EUA, as ligas são empresas que têm os clubes como sócios e que, por causa disso, precisam dar lucro. A divisão do bolo de dinheiro arrecadado é feita de forma a todos terem o melhor nível de igualdade financeira para, então, aquele que for mais competente na esfera esportiva se sobressair. A lógica da meritocracia americana dita o funcionamento do esporte, tanto que o draft, que escolhe os melhores jogadores jovens para os times profissionais, ocorre de maneira inversa. Quem tem pior desempenho tem direito a ficar com o melhor jogador em seu time.
No futebol, em todo o mundo, a constituição do esporte é baseada, meramente, na força política das instituições. Ganha mais quem manda mais é a lógica que permeia a maioria das decisões do futebol.
O que acontece agora no Clube dos 13 é a essência dessa maneira de existir do futebol. A TV virou a desculpa para uma queda de braço política. Os dirigentes dos clubes não estão pensando com a cabeça no negócio. Não se debate o que vai gerar maior receita para os clubes no longo prazo. No discurso, porém, usa-se isso como argumento para um clube pender para um lado ou para o outro, mas não é a cabeça no negócio que determina o caminho a ser tomado.
Não tem como a comissão do C13 que discute as propostas das TVs ficar à parte da disputa política. Por mais que se tente chegar a uma definição tecnicamente melhor, a assinatura que vale é a do presidente do clube. E, como o dirigente tem de seguir a lógica do "pode mais quem manda mais", o impasse está criado.
Parece que agora o C13 racha de vez. E fica cada vez mais claro que o grande prejudicado, nisso tudo, será o futebol. A queda de braço política muito provavelmente vai culminar numa decisão inicial de intransigência de alguns clubes em assinar o acordo de TV. E isso deverá fazer com que, a princípio, nenhuma emissora esteja credenciada legalmente para transmitir a competição.
Enquanto os dirigentes acham maravilhoso elevar para quase R$ 700 milhões o valor recebido por todos os direitos de transmissão do Brasileirão, a NFL, liga mais profissionalizada do mundo, entra em 2012 com cerca de metade das transmissões na TV de um Brasileirão mas com receita de US$ 4 bilhões. Sim, é isso mesmo. Quase dez vezes mais do que o futebol brasileiro arrecada, mas tendo vendido apenas os direitos de transmissão para a televisão, sem contar internet, celular, pay-per-view, que geram alguns outros milhões para os cofres da liga...
A política contamina o negócio. Enquanto o modelo de gestão do futebol não for repensado, discussões vazias continuarão a imperar. E o produto futebol, sem valorização, continuará a achar que o que vale mesmo é ter alguns milhões no bolso sem se preocupar com a qualidade daquilo que se oferece para o público.
Por Erich Beting às 18h08

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

O Clássico em Vídeo

Participação especial de Obina!

Esse é com narração de Mário Henrique e homenagem especial ao final

Acho que não preciso dizer mais nada. Essas imagens valem mais que mil palavras.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Amanhã é dia de Clássico. Mas é um Clássico diferente!

"Domingo, eu vou pro Mineirão
Vou torcer pro time que sou fã
Vou levar foguetes e bandeiras
Não ser de brincadeira
Ele vai ser campeão
E eu não vou de cadeira numerada
Eu vou de arquibancada
Pra sentir mais emoção
Porque meu time bota pra f***r
E o nome dele a Galoucura vai dizer
Ooooo OooooOO OOoo ooo
GALOOOOO!"Pena que nesse clássico, essa música não vai ser cantada.
E que clássico e esse clássico, afinal!?
1. O jogo é sábado, e não no domingo, como sempre foi...
2. Vai ser em Sete Lagoas, e não no Mineirão, como sempre foi...
3. Tudo bem, que foguetes a gente sabe que é proibido, mas sempre teve, e bandeiras também, mas dessa vez, nem isso vai ter, já que o MP proibiu tudo, com sempre
4. Que arquibancada o quê! Hoje tudo é cadeira!
5. E o nome do nosso time, a Galoucura não vai dizer, porque, além de proibida de frequentar o estádio, o jogo ainda é só de Maria...
6. E vai ser só a segunda vez que vai ter mais maria que atleticano no estádio.
A letra da música entoada pela Torcida Alvinegra, deixa de ter sentido, diante de todas as mudanças que temos visto, e sofrido, no futebol mineiro recentemente.
Mas uma coisa não muda nunca, não deixará de ter o vigor de sempre, de transmitir a emoção de sempre.
No final, a única coisa que não muda nunca é a força do time, e a vitória do Galo, pra manter a escrita do Maior Time de Minas.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

SOBRE A REPORTAGEM DA REVISTA PLACAR

Li a reportagem da Placar (Galo Forte e... Gastador), em que conselheiros questionam a origem do dinheiro que tem garantido as contratações recentes do Galo.
Sobre esse assunto há muita especulação, que vai desde a falta de renda para tal investimento, passando pela dívida acumulada que o cluube tem (285milhoes), chegando ao Ricardo Guimarães.
A respeito da reportagem, existem três pontos que gostaria de frisar:
1. Em 2006, durante o ano da horrível série B, ouvi, de gente de dentro do clube, que há uma articulação para que a titularidade do Diamond Mall seja entregue ao Ricardo Guimarães como forma de pagamento da dívida. Por isso, não acredito que isso seja só boato. Pode não ser crível, ou realizável, mas não pode ser classificiado só como boato. E o fato de o BMG render ao Ricardo Guimarães R$400milhões por mês de lucro, como disse o Kalil, também não é suficiente para deixar todos calmos em relação a essa possibilidade. Cabe ao Conselho Deliberativo, apenas, evitar que isso aconteça, para evitar a dilapidação de um importante patrimônio. Cumpre esclarecer que a investigação realizada pelo MP é extremamente bem vinda, considerando que não pode ser correto, fato que questiono desde 2005, Ricardo Guimarães emprestar dinheiro ao Galo como pessoa física, a juros de pessoa jurícia bancária, e o Presidente Ricardo Guimarães aceitar a assumir em nome do Galo tal obrigação. Nesse ponto, concordo com a reportagem: há de se fazer uma "devassa" nas contas da admininstração Ricardo Guimarães, como fizeram na de Paulo Cury, em que muitos podres foram encontrados, mas que nenhuma providência, visando o ressarcimento dos cofres atleticanos, foi feita.
2. É engraçado ouvir de João Batista Ardizoni, que era Presidente do Conselho Deliberativo quando o Zizóquio renunciou, essas "denúncias" sendo que ele mesmo "picou a mula" no momento da confusão. Teve a oportunidade de assumir as rédeas no CAM, e resolver tudo isso que agora denuncia, mas preferiu sair em férias... A mesma coisa pode ser dita do conselheiro Manfredo Palhares, cuja única lembrança que tenho deste cidadão é ter-se juntado a Juca Kfouri numa entrevista concedida a este em seu programa "Juca Entrevista" na ESPN, fazendo as mesmas denúncias que faz agora. Porém, assim como Ardizoni, jamais agiu de modo a assumir algum cargo em que pudesse, efetivamente, lutar por mudanças. Aí, e isso serve para os dois, só reclamação não faz o mundo mudar...
3. A atual "apatia" do Conselhor Deliberativo do Galo é estranha. Ao mesmo tempo em que tudo parece OK, aparecem alguns conselheiros e "botam a "boca no trombone", fazendo "denúncias" mas o Conselho nada faz. Parecem que foram alijados do centro do poder e, agora, querem voltar. Ora, se efetivamente há alguma irregularidade na gestão dos recursos e do patrimônio do Clube, cabe, exclusivamente, ao Conselho que sejam tomadas as devidas providências. Assim como o próprio Conselho Deliberativo fez em relação à admininstração Paulo Cury, em que foram descobertas diversas irregularidades, mas infelizmente não foram tomadas as devidas providências para reverter esse prejuízo. Se o Conselho, efetivamente, tem informações de que coisas não estão corretas, que investigue e puna os culpados, até o Kalil, se for o caso, mas não venham com esse espírito de fofoqueira da praça, para soltar informações em publicações esportivas que não têm qualquer compromisso com Galo e sua torcida.
Por fim, resta salientar que a reportagem comete pelo menos um erro, ao dizer que a dívida com Ricardo Guimarães seria impagável, pois, somente a partir de 2012, quando voltam a correr os juros previstos no acordo, é que o Galo pagará R$200mil mensais mais 15% do valor da venda de algum jogador.
Entretanto, e parece que a reportagem não sabe disso, é que os 200mil já estão sendo pagos. Ou seja, no período de moratória, que é de 24 meses, já estão sendo realizados, e até o fim da moratória serão 4milhoes e 800mil reais. Além do percentual da venda de jogador. Isso o Kalil disse na entrevista concedida à equipe do GaloCast.
Além disso, o Galo não fez grandes compras de jogadores. Boa parte assinou contrato ao fim de seus contratos com seus antigos clubes, como Leonardo Silva e Richarlysson. Ou seja, o CAM não foi às compras, já que as compras caras foram feitas pelo investidor parceiro do Galo, que é uma empresa criada pelo BMG para isso. E daí, isso é coisa normal no futebol de hoje.
O que parece é que a Placar, simplesmente, não tinha o que falar sobre o CAM, o que, efetivamente, lhe causa uma redução de vendas, já que o Galo vende. Por isso, pegou essas informações vazias e destoadas da realidade, com conselheiros integrantes da oposição ao Kalil, que apesar de terem tido a chance de mudar as coisas se omitiram, e fizeram uma reportagem bomba, até para compensar as denúncias que fizeram recentemente contra as marias, e assim, poder alavancar um pouquinho as vendas da revistas aqui em Minas.