domingo, 12 de junho de 2011

ARBITRAGEM FALHOU MAS NÃO FOI POR ISSO QUE EMPATAMOS

A arbitragem de Bahia x Atlético foi ridícula, pra dizer o mínimo que pode ser dito nesse espaço sem ofenderm acusar ou ser processado por quem quer seja.
Mas estava na cara que ia dar problema, considerando a origem do árbitro e seus assistentes, de estados em futebol não é o forte. Além disso, pesou a experiência de ser a primeira atuação na primeira divisão do futebol nacional.
É mais uma daquelas incongruências que a CBF e sua Comissão de Arbitragem nos brindam a cada rodada, a cada ano, a campeonato realizado no Brasil.
A má atuação dos árbitros é um endemia que grassa nos estados, no Brasil e no mundo, e nada indica que alguma coisa vá mudar...
Mas, não foi só por causa da arbitragem que não vencemos.
Acredito que a incompetência dos nossos jogadores, tanto do ataque, que perderam chances incríveis, quanto os do meio campo, que não marcaram os adversários e nem assistiram aos atacantes, como deveriam, é que é a principal razão de nosso insucesso na tarde desta sábado em Salvador.
Foram 24 finalizações, com pelo menos 3 chances claras de gol, e apenas um gol aproveitado! UM verdadeiro absurdo!!!
Tudo bem que um gol foi mal anulado, mas o que quero dizer, e parece que muitos não estão entendendo, é que, se tivéssemos aproveitado pelo mais uma das outras 23 finalizações, teríamos vencido pelo mesmo placar de 2x1.
E se tivéssemos aproveitado mais 2 outras finalizações, teríamos vencido por 3x1, com grandes chances de matar o jogo ainda no primeiro tempo!
As chances desperdiçadas contribuíram, e muito, para o destempero dos jogadores que, pressionados a marcar e vencer uma equipe limitadíssima, passaram a tentar resolver tudo no peito e na raça, quando um pouquinho de técnica e bola no pé resolveria o problema.
E não só as chances de gol desperdiçadas, mas também a patética apresentação da arbitragem, que interferindo no resultado e no desenvolvimento do jogo, irritaram os jogadores, mas também, e principalmente, o técnico Dorival Júnior. Aqui faço uma crítica construtiva a ele sobre esse comportamento em relação à arbitragem: esquece! Não invada o campo, não grite desesperadamente contra o quarto árbitro, pois isso não mudará a marcação já feita por ele, e só transmitirá a raiva para os jogadores, que correm o risco de ficarem ainda mais desesperados.
Como disse a respeito do último jogo, ficamos só na correria e pressão, sem qualidade técnica para fazer os gols que precisávamos, o que dá a medida na imediata mudança no meio e no ataque.
Magno Alves entrou numa maré horrível, não sei se normal, como acontece com qualquer jogador, ou se provocada pelo recente falecimento de sua mãe ou se isso é mesmo decorrente da melhor qualidade das defesas no brasileirão que no campeonato mineiro.
Mancini não é o atacante que precisamos. Aliás, ele tem se mostrado, apenas, como um corredor em campo, sempre pecando em jogadas simples, como no chutão dado no fim da partida, perdendo aquela que poderia ser a bola do jogo.
Acredito que precisamos de um atacante estilo Tardelli ou Obina, aquele que a defesa adversária teme desde que viu seu nome na escalação, já que na área resolve, basta um segundo de distração. E esse jogador não temos, pois não acredito que esse seja o perfil de Guilherme.
O meio campo parece que ficou meio perdido, não conseguindo fazer a contento nenhuma das duas funções que se espera dele: marcar o time adversário ajudando a defesa e armar as jogadas de ataque, municiando os artilheiros.
Apesar de Richarlyson ter feito, na minha opinião, sua melhor partida pelo Galo desde que chegou aqui, ainda falhou bastante. Acredito que seja em relação ao posicionamento, não sei. Poderia melhorar, mas agora depende do Departamento Médico.
Giovani se mostrou meio desligado do jogo nas duas últimas partidas. Algunas já culparam a convivência com Renan Oliveira (hehehe). Mas acho que seja fase, já que, em razão do restante do desenho do meio, ele tem ficado sobrecarregado na função de armação das jogadas.
A defesa continua impecável. Nada a dizer até aqui. Mas eles sempre se apertam, já que nossos laterais são uma lástima. Leandro até vem jogando bem, quer dizer, mostrando vontade de jogar, mas ainda acredito que Guilherme Santos seja melhor opção. Na direita, Patric fez uma boa partida contra o Avaí, mas é limitado. Seu substituto imediato, Rafael Cruz é de dar dó! Dó do torcedor Alvinegro que é obrigado a assistir suas apresentações no elenco do Galo. Não sei se vocês repararam, mas toda vez que Rafael Cruz passava a bola pra alguém, e corria pro ataque, no intuito de fazer uma triangulação ou trabalhar uma jogada, a bola JAMAIS era devolvida a ele. Ninguém devolvia a bola a ele, preferindo outra jogada, tocando pro meio ou virando o jogo...
Mas sempre temos que ver um lado bom, e no jogo de hoje, esse lado se chama banco de reservas. Daniel Carvalho entrou no lugar do nulo Toró e mudou o panorama do jogo, fazendo boas jogadas, o cruzamento que resultou no gol de Berola, e ainda, bateu perfeitamente (bem melhor que outras tentativas de Mancini - à exceção da falta batida por este que o goleiro baiano pôs pra escanteio), que resultou no gol mal anulado de Dudu Cearense que, por sua vez, já mostra que, estando em forma, tem plenas condições de figurar no elenco titular.
Em resumo: não gostei da partida do galo, que falhou muito nas finalizações e não soube se impor diante de um time tão fraco quanto o Bahia, que com esses medalhões sem compromisso algum que não sejam eles mesmos, vai lutar pra não voltar pra segundona. Mas, pelo menos, vi, além de muita vontade do time, a mesma mostrada contra o SPFW, a qualidade que os jogadores que têm estado na reserva podem mostrar em campo que, com o tempo, com treinamento, será capaz fazer com que as coisas entrem no eixo e faça do Galo o grande destaque do BRasileirão 2011.
É nisso que confio!

Esse texto estará também na nossa coluna no Galonautas.

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