segunda-feira, 15 de agosto de 2011

QUEM VAI DAR JEITO NO GALO - nossa Coluna no Galonautas

O título deste texto é a manchete do SuperEsportes de hoje (15/08) no Jornal Estado de Minas.

Respondo sem titubear: NINGUÉM!

E sabe porquê? Simplesmente porque quem deveria dar jeito nisso tudo não está nem aí!

É! É isso mesmo! Estou falando do Sr. Alexandre Kalil e de seu braço direito Eduardo Maluf.

O Sr. Eduardo Maluf com o aval do presidente Alexandre Kalil iniciou uma era de contratações “bombásticas”, anunciadas com trombetas e alarde, e com um cínico desprezo aos adversários azuis, com requintes de tripúdio e crueldade ao suposto mau momento pelo qual os adversários passavam.

Desdenharam das contratações por eles realizadas, que seriam apostas perdidas em atletas de pouco renome, enquanto os “nobres” dirigentes alvinegros, auto intitulados os representantes absolutos (ou melhor absolutistas) da Nação Alvinegra, traziam jogadores de renome internacional (André, Guilherme, Réver) com retorno garantido (Cambalhota o Imperador do Japão).

O tempo passou e todos esses maravilhosos expoentes do futebol mundial, legítimos representantes do melhor produto futebolístico brasileiro, não deram em nada. Mais de 20milhões de Euros jogados no lixo com exemplares “dignos de nota” como Jackson, Jheimi, Ricardo Bueno, Neto Berola, Giovani, Patrick, Guilherme Santos, Toró, Rick, Caio, André, Guilherme, Cambalhota, Réver, Dudu Cearense, Daniel Carvalho, Leo Silva, só pra citar alguns.

Como explicar planejamento, estruturação, critério, se de 2009 para cá já foram 68 contratações.

Além do desperdício de dinheiro, ainda temos as despesas correntes com esses exemplares do futebol de altíssimo nível que nos foi prometido pelo Messias alvinegro, com salários, direitos de imagem, contribuições sociais e, se fosse possível, rescisão contratual.

O CAM é refém desses mercenários! E por culpa da diretoria que contratou caro e mal.

Por isso que foram demitidos os técnicos, um a um, Luxemburgo, Dorival, e, daqui a pouco, nesse ritmo, Cuca.

Arrisco dizer, voltando um pouco no tempo, que, possivelmente, Celso Roth e até Leão, foram vítimas desse complô, armado pelos que se sentiram ameaçados de deixar compulsoriamente o Spa do Galo, ops, digo, o CT, a Cidade do Galo.

A coisa tá tão feita que o próprio técnico Cuca saiu do seu carro, na saída do estádio, para conversar com alguns torcedores, muitos deles conhecidos meus, verdadeiros abnegados que deixaram seus pais em casa, para ver aquilo que um dia foi o Glorioso Clube Atlético Mineiro, e pediu, sem meias palavras, pra que os torcedores forçassem a diretoria a contratar Pierre, quase ex atleta palmeirense.

VEJAM SÓ A QUE PONTO CHEGAMOS!

O Galo é refém dos erros de seus dirigentes, que se movem não pelo bem do Clube, mas apenas para verem seus egos massageados.

Não vai adiantar trocar de técnico a cada crise e a cada sequência de maus resultados, se esses come-dorme estiverem aí, mandando e desmandando. Como acreditar que alguma solução sairá dessa verdadeira fogueira de vaidades!?

Alexandre Kalil, o Rei encastelado em seus muros, quando assumiu a presidência criticou a quantidade e o nível das contratações realizadas por seu antecessor, Ziza Valadares, mas vem fazendo igual ou pior que ele.

Como já disse, de 2009 para cá foram 68 contratações, sendo 41 da Era Kalil e 27 da dupla Kalil/Maluf. E contratações, como estamos vendo, desde 2010, de “nível bem diferente” aos da Era Ziza, afinal, não dá para comparar Mancini, Jackson, Jheimi, Ricardo Bueno, Neto Berola, Giovani, Patrick, Guilherme Santos, Toró, Rick, Caio, André, Guilherme, Cambalhota, Réver, Dudu Cearense, Daniel Carvalho e Leo Silva, com Nilson Sergipano, Márcio Mexerica, Édson, Márcio Araújo, Juninho, Castillo, Calisto, Coelho, Tiago Feltri, Xavier, Renan (não o Oliveira), Agustín Viana, Gerson, Bilu, Luisinho Neto, Lailson, Germano, Vanderlei, Douglas, Galvão, Reginaldo Nascimento e Tony, por exemplo.

As contratações do Ziza, apesar de péssimas, e hoje se mostram tão péssimas quanto as apostas dos arautos do futebol Kalil e Maluf, pelo menos eram apostas no bom e barato, que no final, sendo só baratos, até na hora de dispensar, facilitava muito.

E, como se esperava, os contratados de Ziza foram dispensados ou negociados, sem causar problemas financeiros/trabalhistas ao Galo, o que não se poderá dizer dos contratados de Kalil e Maluf, que na justificativa de serem caros, mas bons, se mostraram apenas caros, e suas dispensas causarão graves problemas financeiros/trabalhistas.

Foi por isso que quem paga o pato foram Luxemburgo e Dorival Júnior, e se Cuca não abrir o olho, ele também. Ou seja, nem ficar livres desses estorvos conseguiremos ficar.

O ilustríssimo Sr. Diretor de Futebol do Galo transformou o clube numa revenda de atletas, igual as lojas de automóveis da Av. Cristiano Machado, limitando-se, apenas, a negociar a compra e venda de jogadores velhos e mal cuidados, como os carros muitas vezes negociados nesses lugares.

O resultado é esse aí: nove derrotas de um time apático, sem vigor, cujas fragilidades ficaram ainda mais exposta nessa goleada aplicada pelo Coritiba, com um time ridículo tanto ofensiva quanto defensivamente, vulnerável no meio campo, incompetente para finalizar e que não acertou um mísero chute perigoso no gol coxa branca.

Eduardo Maluf abdicou da função que deve ser exercida por um legítimo diretor de futebol, se é que, efetivamente, um dia cogitou assumi-la, que é dirigir (daí o nome do cargo) o departamento de futebol rumo às conquistas, com planejamento sobre os campeonatos a serem disputados; entrosamento entre as diversas categorias, com a observação das jovens promessas e a possibilidade de sua utilização nas categorias de cima; o acompanhamento do ritmo e qualidade dos treinamentos (o que ele jamais fez, haja vista a queda de rendimento de nosso principal goleiro e a ausência de treinos técnicos e táticos pelo antigo treinador nos últimos 15 dias); e ainda, analisar a qualidade dos atletas nos fundamentos básicos do futebol (que também não aconteceu, basta ver que Guilherme Santos não fez um único cruzamento certo na área durante o jogo contra o Coritiba, além da profusão de passes errados do time todo).

Por isso, voltando ao início desse texto, é que respondi sem titubear que este time não tem jeito, pois, estando esses jogadores descompromissados, sem qualquer ligação com o clube e sua imensa torcida, sem saber das tradições e sofrimentos por que passaram juntos jogadores e torcedores, ao longo de todas essas décadas, somente a diretoria poderia fazer algo, mas não vai fazer porque foi ela que trouxe esses caras pra cá.

Só resta ao torcedor, a mim e a você, e a tantos outros, como o corajoso motociclista anônimo que cruzou o sul do país, de BH a Curitiba, numa Honda Biz, junto com a namorada, na perigosíssima Régis Bittencourt, continuar apoiando o time, porque o CAM e nós torcedores, ficamos, sempre, enquanto esse aproveitadores, dentre atletas e dirigentes, passam.

AVANTE GALO!

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