quinta-feira, 9 de setembro de 2010

NAU SEM RUMO

Depois dos últimos acontecimentos e resultados, confesso que fiquei bastante descrente, e me afastei um pouco do dia a dia deste blog. O simples fato de lembrar que teria que comentar sobre o jogo, sobre o time, sobre qualquer coisa relacionada ao Galo, me desanimava, dado o fato de acabar comentando a mesma coisa.

Sobre o jogo contra o Goiás, tuitei que não nos deveríamos enganar, pois o Goiás era fraco e os 3x1 não espelharam o que foi o jogo. Um jogo fraco, mas que, mesmo tendo jogado mal, o Galo venceu, e era o que importava. E muitos deram RT!

Sobre o jogo contra o São Paulo, que acompanhei no Bar do Bolota, no Padre Eustáquio, na companhia dos amigos Leosão (@leo_resende), João Paulo (@johnibigutunai), João Pedro e Samuel, a convite do Bruno César (@zonarock13), vimos mais do mesmo: o time joga bem, mas ao final perde.

E os desdobramentos que seguiram mostram que o Atlético, como um todo, parece estar à deriva, sem comando, mas comando no sentido de pulso firme, anestesiado pelos acontecimentos e cobranças da torcida e da imprensa, sobretudo pelas críticas pesadas da imprensa marrom-cocô carioca e paulista. E esse desânimo acabou por me contagiar.

O Atlético hoje parece uma Nau sem rumo, perdido no oceano do campeonato brasileiro.

O velho Kalil, aquele sem papas na língua, bradando contra tudo e contra todos, voltou, com sua declaração de apoio ao dique denúncia da Galoucura e à um “cacetezinho” em jogador que estiver na balada de madrugada, não trouxe qualquer benefício ao CAM, tanto é que ensejou a aparição de um promotor e do promotor do STJD, correndo o risco de ser suspenso ou até mesmo destituído da Presidência, fozendo com que corremos o risco de ver assumir Daniel Nepomuceno;

Jogadores na balada, ou que não se esforçam nos treinos, ou que não obedecem às ordem do “pofexô”, que não se esforçam nos jogos, que parecem sem ritmo, sem fôlego, sem preparo, físico e psicológico;

Um treinador, reconhecidamente vencedor, mas que nos últimos anos não conseguiu um título de expressão, que comanda a comissão técnica mais cara do país, mas que vive mais do passado que museu, que não consegue colocar uma mínima ordem tática no grupo de jogadores contratados a seu pedido/ordem, que conseguiu dobrar o presidente sem papas na língua, mas que não mostrou, até agora, a que veio;

Protesto de torcedores na sede, contra o treinador e contra os jogadores que fazem o Galo correr o risco de, novamente, freqüentar o inferno da série B;

Tudo isso parece fazer do Galo uma Nau sem rumo, com o time perdido em campo e fora dele, piorando o cenário que já está ruim. E desanima qualquer um!

Devemos nos lembrar, sempre: NADA É TÃO RUIM QUE NÃO POSSA PIORAR.

Já é passada a hora de fazer as coisas acontecerem, e até aqui, apesar do discurso do trabalho, de doação, de cada fazer o esforço, da cobrança dos jogadores entre si, como fez o Rever em sua coletiva, nada parece ter sido feito.

Como disse o Roberto Filho, no Lances & Nuances, a entrada de Obina fez bem ao time. Ele já tem 5 gols, enquanto o artilheiro Tardelli, que parece ter feito concurso público e alcançado a estabilidade no ataque do Galo, tem 6!

Além disso, a falta que o Neto Berola fez no segundo tempo do jogo contra o SP, faz a gente pensar no elenco que temos. O preparo físico está a desejar, já que este não consegue terminar uma partida, extenuado que fica.

Mas é chegada a hora de sacudir a poeira e dar a volta por cima. Não custa lembrar quatro exemplos de superação. O primeiro, que espero não ter que passar, é o do Fluminense que, de virtual rebaixado, se salvou no ano passado; o segundo é o das marias que no ano passado passeou pela parte de baixo da tabela e no final conseguiu uma vaga na Libertadores; o do Goiás que há alguns campeonatos atrás, não me lembro quando, terminou o primeiro turno em último, e foi o primeiro do returno, garantindo uma posição intermediária; e por fim, o SP, que em 2008, de quase rebaixado, terminou campeão.

Reitero que esses são apenas exemplos que devem ser seguidos, não que o Galo vá conseguir alcançar esses resultados, como título ou libertadores. Permanecer na série A já é suficiente dada as atuais circunstâncias.

Tá na hora do técnico vencedor mostrar a que veio, parar com as experiências mal sucedidas, escalar e substituir sem inventar. Fazer o time jogar com força, aguerridos, com um único objetivo, tal como aconteceu no primeiro tempo do jogo contra o SP. Passou da hora de deixar de ser manager e voltar a ser treinador.

Temos que jogar como time pequeno. Se já que não temos um meio campo de marcação e armação fortes que possa municiar nosso ataque; se não temos uma saída de bola rápida; se ainda não conseguimos o entrosamento necessário; se não temos jogadas ensaiadas; se não temos esquema tático; tá na hora de jogar com força, sem dar espaço pro adversário.

O importante, na minha opinião, nesse momento, é colocar a casa em ordem, fazendo com que a paz e a tranqüilidade voltem à Cidade do Galo, permitindo a todos exercer seu trabalho com dedicação e dignidade que a torcida espera. Desde a Presidência, até o último jogador da reserva.

Espero que isso aconteça hoje, contra o Vasco, que é ridículo, e que sirva de incentivo para os próximos jogos.

Um comentário:

  1. KARO CAMARADA
    ESTÁ CORRETO NAS PALAVRAS
    E PARA MIN O PLACAR SERÁ DE 3X1 PRO GALO PORQUE COM FÁBIO COSTA EM CAMPO NÃO A PLACAR EM BRANCO !
    BRUNO¹³ZONAROCK

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